quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Você consegue resolver esses problemas?

(As torneiras) Duas torneiras enchem um tanque em 6 horas. A primeira gasta 5 horas mais do que a segunda para fazê-lo sozinho. Quanto tempo gastará isoladamente a segunda para encher o tanque?

(A quarta parte) A quarta parte da quarta parte da área de um quadrado, menos a raiz quadrada da quarta parte da quarta parte desse número é 12. Quanto é o lado desse quadrado?

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Bombom mole fura um côco

Descrucificando o professor

Falar sobre educação não é uma tarefa simples. Mas, diante de tantos problemas que  vivenciamos e quase toda sociedade apontar somente os professores como culpados pelo fracasso escolar, iremos contrapor o nosso ponto de vista.
Para começar, devemos lembrar que o grupo gestor é o principal articulador de uma escola e por esse motivo, também faz parte do quadro docente. E mesmo admitindo falhas no nosso nível de organização, no processo de ensino e aprendizagem, devemos lembrar que o caos instaurado nas escolas públicas também é culpa da família, dos políticos e da sociedade.
Sabemos que a família está totalmente perdida na educação dos filhos e passando toda a responsabilidade para a escola. E com essa desestruturação familiar, grande parte dos educandos recebe o pior tipo de educação: incentivo a gestos obscenos, conivência com a prostituição infantil, permissão a práticas agressivas, dentre outras. Hoje, na maioria das casas, quem manda nos pais são os filhos.
Além disso, os políticos também são responsáveis pelo insucesso escolar. Essa classe tem motivo de sobra para não querer que os jovens sejam educados para a cidadania e conscientes dos seus direitos e deveres. Justamente por isso criam leis que, ao invés de ajudar, atrapalham no processo educativo. Se isso não bastasse, minimizam os investimentos em educação e maximizam seus salários. Sem falar nos escândalos políticos. Essa aberração possui até sigla: UFC (Universidade Federal da Corrupção).
Temos também a sociedade que, de maneira geral, deseduca muito mais do que educa. A mídia está inserida nessa questão, pois, como formadora de opinião, deixa muito a desejar. São raros os programas que possuem um conteúdo adequado e os poucos que temos não são vistos pelas famílias, salvo, raríssimas exceções.
Embora haja muito discurso relacionado com a educação, poucas são as ações que de fato viabilizam o trabalho do professor. A ele é atribuída a missão de salvar a pátria; tudo é responsabilidade do professor. Porém, o papel do educador é ensinar e não administrar conflitos, mesmo porque não foi para isso que fomos formados. Além do mais professor é um profissional como outro qualquer, não é Deus.
 Por tudo isso, compreendemos que somente o grupo docente não resolve o problema da escola pública no Brasil. Necessitamos de investimento pesado, valorização dos professores, acompanhamento sistemático da família no processo ensino-aprendizagem e políticas públicas que viabilizem nosso trabalho. E não de quem apenas nos crucifique.
Enfim, o que nós precisamos mesmo é de um ombro amigo para chorar, desabafar... e não de um Judas. E precisamos também de um milhão de outros profissionais para nos ajudar nessa árdua missão. Quem sabe, um Simão Cirineu.