É lamentável a situação de abandono e descaso dos agentes públicos com os servidores de Madalena. Há desrespeito no trato com as pessoas, falta de reajuste salarial, constantes atrasos nos vencimentos e uma certa confiança dos que estão no comando na inércia dos servidores, principalmente os da educação.
E nesse ponto
há uma certa lógica. Desde quando essa situação vem perdurando? O pouco que
fizemos até aqui surtiu algum efeito? A impressão que temos é que boa parte dos
servidores estão anestesiados, apáticos, achando que esses agentes irão
resolver o problema. Esperar melhorias no rendimento escolar é compreensível,
mas esperar a redenção dos políticos é masoquismo.
Os servidores
precisam ajudar o sindicato e vice-versa. Ao SINSEMAD cabe a liderança, mas se
por algum motivo se eximir desse papel, nós precisamos seguir em frente e
exigir que a nossa voz seja ouvida. Afinal, quem paga o sindicato o faz para
que o presidente defenda os direitos do servidor e não os interesses de
gestores quaisquer, embora isso não tenha ocorrido.
Já aos
servidores cabe uma maior determinação, uma postura crítica diante de todos
esses fatos e não apenas a apatia, como já mencionado. Vejo, até com uma certa
preocupação, que as palavras cidadania e
crítica social não estão interligada as aulas nossa de cada dia. Precisamos
“ser mais cidadão” e não apenas “está cidadão”. Como exigir que a sociedade
seja mais crítica, consciente e participativa se não estamos ensinando, nem
tampouco dando o exemplo?
Por isso,
servidores, colegas de trabalho: vamos juntos exigir o que é nosso por direito.
Promessas? Já ouvimos demais. Desculpas? As mais absurdas possíveis. Chegou ao
cúmulo de ouvirmos que tem dinheiro, mas não podem pagar. Pagar o servidor
agora virou um crime? Crime é desviar dinheiro público e os que o fazem não
respondem criminalmente, nem devolvem o dinheiro, como vemos na grande maioria
das vezes.
Gostaria, por
fim, de pedir a cada um dos servidores aqui presentes: abrace essa causa, chame
o colega, o vizinho, os pais e quem quiser nos ajudar. Vamos bradar: cadê o
nosso dinheiro? Cadê as promessas? Cadê o respeito a quem trabalha? Não vamos
desanimar com as ameaças, não vamos desanimar jamais...
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