domingo, 18 de janeiro de 2015

Aos servidores de Madalena




É lamentável a situação de abandono e descaso dos agentes públicos com os servidores de Madalena. Há desrespeito no trato com as pessoas, falta de reajuste salarial, constantes atrasos nos vencimentos e uma certa confiança dos que estão no comando na inércia dos servidores, principalmente os da educação.
E nesse ponto há uma certa lógica. Desde quando essa situação vem perdurando? O pouco que fizemos até aqui surtiu algum efeito? A impressão que temos é que boa parte dos servidores estão anestesiados, apáticos, achando que esses agentes irão resolver o problema. Esperar melhorias no rendimento escolar é compreensível, mas esperar a redenção dos políticos é masoquismo.
Os servidores precisam ajudar o sindicato e vice-versa. Ao SINSEMAD cabe a liderança, mas se por algum motivo se eximir desse papel, nós precisamos seguir em frente e exigir que a nossa voz seja ouvida. Afinal, quem paga o sindicato o faz para que o presidente defenda os direitos do servidor e não os interesses de gestores quaisquer, embora isso não tenha ocorrido.
Já aos servidores cabe uma maior determinação, uma postura crítica diante de todos esses fatos e não apenas a apatia, como já mencionado. Vejo, até com uma certa preocupação, que as palavras cidadania e crítica social não estão interligada as aulas nossa de cada dia. Precisamos “ser mais cidadão” e não apenas “está cidadão”. Como exigir que a sociedade seja mais crítica, consciente e participativa se não estamos ensinando, nem tampouco dando o exemplo?
Por isso, servidores, colegas de trabalho: vamos juntos exigir o que é nosso por direito. Promessas? Já ouvimos demais. Desculpas? As mais absurdas possíveis. Chegou ao cúmulo de ouvirmos que tem dinheiro, mas não podem pagar. Pagar o servidor agora virou um crime? Crime é desviar dinheiro público e os que o fazem não respondem criminalmente, nem devolvem o dinheiro, como vemos na grande maioria das vezes.
Gostaria, por fim, de pedir a cada um dos servidores aqui presentes: abrace essa causa, chame o colega, o vizinho, os pais e quem quiser nos ajudar. Vamos bradar: cadê o nosso dinheiro? Cadê as promessas? Cadê o respeito a quem trabalha? Não vamos desanimar com as ameaças, não vamos desanimar jamais...